Como já havia vencido o primeiro jogo, na Ilha do Retiro, por 2 a 0, o resultado desta quarta apenas confirmou a conquista do primeiro título conquistado na Arena Pernambuco, finalizada em 2013 para a disputa da Copa das Confederações.
O único gol da partida foi marcado pelo capitão Durval, que voltou ao Leão da Ilha no início do ano e já levantou sua segunda taça – a primeira foi a da Copa do Nordeste, também neste mês.
Este é o 40º título estadual do Sport, o maior campeão de Pernambuco. Santa Cruz, com 27 títulos, e Náutico, com 21, são os outros grandes campeões do estado.
O JOGO
As equipes entraram em campo nervosas e, com um minuto jogado, um jogador de cada time já havia recebido cartão amarelo. O nervosismo continuou nos primeiros minutos de partida, com as equipes se estudando e sendo muito cautelosas quanto a se lançar ao ataque.
Apesar do domínio territorial, o Náutico não conseguia verticalizar o jogo. Tocava bem a bola até a intermediária, mas faltava acertar o passe final. Zé Mário chegava. Marinho se movimentava tanto pelo lado esquerdo quanto direito, mas Marcelinho, o centroavante, não recebia uma bola redonda. Quando finalmente conseguiu articular uma jogada mais rápida, o Sport levou perigo. Aos 21 ele recebeu de Renê e chutou forte. Alessandro, mesmo bem colocado, deu rebote. Neto Baiano acompanhava e tentou empurrar com o peito, mas foi fraco e dessa vez o goleiro timbu segurou.
O dono da Arena deu o troco com juros aos 29. Jackson, passou por Durval e entrou livre na área. Mas cometeu o pecado de fechar os olhos e soltar uma bomba. Não viu que Magrão se atirava para o lado oposto. A bomba explodiu no travessão e foi embora. O timbu ficou mais tempo no campo ofensivo mas sem concluir com a qualidade necessária. Zé Mário tentava de longa distância e as enfiadas pelo meio não encontravam o alvo correto. Por sua vez, o leão quando retomava a bola não conseguia acertar o passe para sequer iniciar os contra-ataques, principalmente quando elas chegavam aos pés de Patric e Aílton.
Mesmo com bom volume de jogo, o Náutico voltou para o segundo tempo com mais um armador. Marcos Vinícius entrou na vaga de Elicarlos. O jogo só não foi um clone do início da primeira etapa porque o Sport foi menos passivo. O time rubro-negro marcou mais perto, procurando antecipar os movimentos do adversário. A partida ficou menos feia, pois a bola correu mais. Mas a mudança do Náutico também contribuiu, pois com Marcos Vinícius o timbu usou menos os lados do campo.
Com apenas dez minutos, Eduardo Baptista acionou Rithely e Danilo nos lugares de Ewerton Páscoa e Wendel. O Sport ganhou em jogadas pelo lado esquerdo, mas preferiu os chutes de longa distância às tabelas entre o lateral dublê de atacante e Renê. Essa pressa em finalizar dos leoninos terminou ajudando o adversário. O Náutico conseguia manter o jogo mais tempo no campo defensivo do Sport mas ainda sem conseguir finalizar de maneira mais contundente.
Isso só veio acontecer aos 22 minutos. Zé Mário foi lançado dentro da área e ainda teve tempo de dominar. Magrão saiu do gol e defendeu com o pé. A bola ainda insistiu em ficar na área rubro-negra mas sem que ninguém chutasse. No bate-rebate, sobrou novamente para Magrão, desta vez com bem menos dificuldade.
E quando o Náutico já mostrava a mesma superioridade do primeiro tempo veio golpe fatal. E logo em dose dupla. Aos 32 minutos, Ananias puxou o contra-ataque e foi derrubado por Leonardo Luís. Como ele recebera amarelo logo no começo do jogo foi expulso. Na cobrança da falta, Aílton mandou para a área e Durval, com um toque quase imperceptível de cabeça, desviou de Alessandro para fazer 1×0.
VEJA O GOL DO SPORT MARCADO POR DURVAL:
O fato curioso é que enfim Durval deu o seu sorriso (guardem que isso é raridade)
Dois golpes duros que acabariam com o ânimo de qualquer time. Menos do Náutico. Bravamente o timbu foi para cima. O Sport só esperava o contra-ataque e parecia que assim levaria o jogo em banho-maria até o fim. Mas essa folga durou apenas três minutos. Renê fez falta dura em Jackson e também tinha amarelo. Foi advertido novamente, mas com a cor vermelha.
Mesmo assim, o técnico rubro-negro tirou um meia, Aílton, para acionar um atacante, Felipe Azevedo. Com mais espaço em campo, a mudança de Baptista deu certo. Felipe Azevedo valorizou a posse de bola o mais longe possível do campo do Náutico, que não teve mais força de marcar, fazer a transição ofensiva e ainda concluir com qualidade.
Assim, bastou ao Sport administrar a vantagem e garantir mais um título.
SPORT CAMPEÃO PERNAMBUCANO 2014
FICHA DO JOGO
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.
Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa-RS).
Assistentes: Clóvis Amaral (PE) e Charles Rosas (PE).
Gols: Durval (aos 31’ do 2ºT).
Cartões amarelos: (N) Leonardo Luiz (aos 2’ do 1ºT e aos 30’ do 2ºT), Jackson (aos 36’ do 1ºT); (S) Neto Baiano (aos 2’ do 1ºT), Ailton (aos 34’ do 1ºT), Renê (aos 40’ do 1ºT), Rodrigo Mancha (aos 26’ do 2ºT).
Cartões vermelhos: (N) Leonardo Luiz (aos 30’ do 2ºT); (S) Renê (aos 34’ do 2ºT)
Público: 30.061
Renda: R$ 893.950
Náutico: Alessandro; Jackson, Leonardo Luiz, Flávio e Raí (Leleu – aos 21’ do 2ºT); Dê, Elicarlos (Marcos Vinícius – intervalo), Yuri, Zé Mário (Vinícius – aos 26’ do 2ºT) e Marinho; Marcelinho. Técnico: Lisca.
Sport: Magrão; Patric, Ferron, Durval e Renê; Rodrigo Mancha, Ewerton Páscoa (Rithely – aos 1-’ do 2ºT), Aílton (Felipe Azevedo – aos 35’ do 2ºT), Wendel (Danilo – aos 1-’ do 2ºT) e Ananias; Neto Baiano. Técnico: Eduardo Baptista.
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