Hospitalizado há cerca de três semanas com
problemas de apêndice e gastrite nervosa, o presidente do Grêmio Barueri,
Alberto Ferrari, em entrevista exclusiva ao Portal Futebol Interior, garantiu
que na próxima semana vai fechar as portas do clube “simplesmente porque o
dinheiro acabou”. Mesmo
acamado, o dirigente garante estar vivendo dias difíceis e promete achar uma
solução para o problema.
"Assim que eu sair daqui, na terça ou
quarta-feira, vou correr atrás de dinheiro para pode quitar nossos compromissos.
Por isso, peço muita compreensão dos jogadores, apesar de entender das
dificuldades que eles estão passando", afirmou Alberto Ferrari.
Acontece que os jogadores não
recebem salários há dois meses e direitos de imagens há quatro meses. Para o
dirigente, a crise no clube se deve à saída de seus antigos parceiros, entre
eles o ex-jogador Edmilson, pentacampeão mundial em 2002, e a empresária Kátia
Nakagima, da NK Sports.
“Fiquei numa situação complicada, porque tinha fechado uma
parceria com o Edmilson, que inclusive montou todo o time que disputou a Série
A2 do Paulista. Mas no meio do caminho ele me deixou sozinho com uma alta folha
de pagamento. Foi uma decisão pessoal dele, mas a respeito, porque inclusive
somos amigos", assegura Ferrari.
Ele também acusa a empresária Kátia Nakagima e seu marido, da
empresa de marketing NK Sports, de ter prometido empresas e investimentos do
Japão “que nunca vieram para os cofres do clube”. Segundo o dirigente
"acho até que ela tentou buscar recursos, mas o problema no clube é
bastante complexo", completou.
E mostrou estar totalmente por fora da realidade do clube, com os
jogadores ameaçando não entrar em campo sem receber parte do débito. Na
quarta-feira, o elenco se reuniu com representantes do Sindicato dos Atletas,
acompanhados pelos advogados Thiago Rino e Filipe Rino.
“Na hora que eu mais precisei de ajuda, que fiquei doente, por
causa de tanto nervosismo que enfrentei, acabei ficando sozinho, isolado, sem
ajuda e abandonado”, se lamenta o dirigente.
Mesmo no hospital, Alberto
Ferrari, sócio-proprietário da rede da Academia K2, diz que não vê solução
imediata para quitar os débitos com os jogadores e garante que vai abandonar de
vez o futebol, depois de fazer investidas erradas pelo futebol paulista.
“Vou sair do futebol. Tenho que zelar pelo meu nome e minha
família não aguenta mais toda esta pressão nas minhas costas. Aliás, meus
familiares sempre foram contra a minha atuação no futebol”, afirmou Ferrari.
O empresário e dirigente diz que vai deixar o hospital na próxima
terça-feira e que seu primeiro ato no clube acontecerá na quarta-feira, quando
“vou passar as chaves nos portões”.
Com isso, o Grêmio Barueri não entrará em
campo nesta sexta-feira, às 19h, diante do Operário-MT, pela Série D do
Brasileirão, na Arena Barueri.
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