quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Há dez anos, o Fortaleza viveu um de seus melhores dias



Exatamente no dia 11 de dezembro de 2004, uma cabeçada certeira do ídolo Ronaldo Angelim deu a vitória ao Fortaleza por 2x0 sobre o Avaí/SC, no Castelão, garantindo o acesso do Leão à Série A do Brasileiro.
O primeiro gol fora marcado, também de cabeça, pelo volante Marcelo Lopes. Além de superar os catarinenses, os tricolores precisavam que o Brasiliense, que já havia subido para a Série A, não perdesse para o Bahia, em Salvador. Resultado: o Brasiliense também colaborou e derrotou os baianos por 3x2.
Seguiu-se uma festa como há muito não se via na torcida tricolor, que conseguiu invadir o campo e levar o técnico Zetti nos braços, por tão grande feito.
Contra previsões
Ao contrário dos atuais anos de Série C, em que o Tricolor foi a campo como favorito frente ao Oeste/SP em 2012 e perdeu o acesso à Série B; contra o Sampaio Corrêa/MA em 2013, ao não chegar nem no mata-mata; e diante do Macaé/RJ, ao ceder o empate e o acesso para o adversário carioca, o Leão foi meio desacreditado, no âmbito nacional, para aquele jogo contra o Avaí/SC. Os sites especializados em estatística davam apenas 2% de chances de o Fortaleza subir para a Série A e o grupo de atletas reverter todas as previsões.
O que teria feito um time de tão grande torcida estacionar no tempo, sem conquistas nacionais durante todo esse período?
Descontinuidade
Para personagens daquela época do acesso à Série A, existem vários motivos que deixaram o Fortaleza sem conquistas. "É tanta coisa. Essa é uma pergunta difícil: o que fez o Leão não evoluir, mas acho que a descontinuidade do projeto que havíamos implantado é a primeira grande razão", analisa o presidente da época, Cleyton Alcântara. O ex-presidente refere-se ao trio de gestores que até hoje deixam saudade: Raimundo Delfino, Geraldo Luciano e Ribamar Bezerra. Cleyton lembrou que cerca de 70% do elenco era formada por jogadores da base tricolor.
Projeto
O diretor de futebol da época, Fernando Moraes, lembra que, por questões políticas do clube, a Santana Textiles, patrocinadora, se afastou e com ela o projeto que havia da construção do maior CT da região pelo patrocinador. O projeto havia sido pedido ao técnico Zetti, que montou um trabalho baseado no que ele viu no Japão.
Um terreno de 120 hectares seria doado pela Santana ao Fortaleza e desde àquela época, o plano era tornar o clube uma potência no Nordeste e no Brasil, mas tudo ruiu, segundo lembrou Fernando Moraes, por conta de disputas de alas.


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