ATLÉTICO-MG 2013
O TIME DOS SONHOS DOS ATLETICANOS
A exuberância ofensiva do Atlético-MG Campeão da Libertadores de 2013 chamou a atenção.
Mas a estabilidade e confiança proporcionados pela defesa devem ser assinaladas como fundamentais para o sucesso da primeira. Jogadores avançados defendiam com unhas e dentes,
o que contribuiu para o bom desempenho (inclusive ofensivo) dos jogadores defensivos. O suporte mútuo de defesa e ataque, como um círculo vicioso, encontrou ecos na laranja mecânica holandesa.
Diego Tardelli, mais veloz que nunca, além de marcar gols atuou excepcionalmente bem na armação e na marcação. Assim o fizeram Bernard, R10 e Jô. Ronaldinho, maestro, mas um maestro que inspirou e foi inspirado por uma afinada orquestra de excelentes maestros como Tardelli e Bernard.
@10Ronaldinho é diferenciado: tem personalidade, destaca-se pela individualidade mas também joga para o time: é a individualidade em prol da coletividade. Ronaldinho é craque principal do time do Atlético-MG, mas isso também é apenas uma faceta da verdade. A verdade integral é que cada componente da comissão e jogador foi essencial na conquista.
Réver encarnou o espírito alvinegro e é pilar central da defesa. O capitão do Galo é referência do time não apenas pelo futebol mas pela presença vibrante. Vítor: sinônimo de introspecção, Leo Silva, de disposição, Richarlyson, de entrega, Pierre, de raça, Donizete, de inteligência, Gilberto, de aplicação e Marcos Rocha, de dedicação. Maestro-mor, Cuca colocou um time jogando para frente e impondo seu ritmo de jogo mas também cadenciando quando necessário ou capaz de jogar no contra-ataque com segurança e confiança.
Ao contrário de 2012, os jogadores do Atlético-MG em 2013 desempenharam papéis mais de acordo com a realidade da partida que pré determinados / concebidos. O Atlético-MG 2013 foi mais solto, dinâmico: jogadores ocuparam posições e desempenharam papéis, mas nem engessados individualmente, nem estagnados em um esquema tático/estático.
Cuca e Jogadores do Atlético de parabéns: imprevisíveis espaços surgiram diante da proposital não-ocupação dos previsíveis e foram, então, ocupados.
Em 2013 o Atlético foi uma equipe de crescimento exponencial, ocupação euclidiana e comportamento diagonal, diferente do linear, pitagórico/newtoniano e horizontal/vertical Atlético de 2012. O Galo extendeu seu domínio, posse de bola e ocupação independente do comportamento do adversário pois manteve o patamar corrente ou cresceu em qualidade durante os jogos. Embora tenha em mais de uma ocasião encontrado dificuldades, principalmente em jogos fora, teve também poder de superação ainda maior.
Sartre diria que a existência precedeu a essência do Atlético 2013.
Se Nietzsche fosse Atleticano, ele diria que o Atlético 2013 foi um time-para-si,
não um time-em-si como em 2012.
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