terça-feira, 16 de dezembro de 2014

2014, um ano para esquecer... ou não!

Passada a emoção do previsível, e por que não dizer esperado, rebaixamento, volto do luto de sete dias. Queria de antemão, me desculpar pela ausência durante esse período. Não conseguia reunir forças para escrever uma linha de forma racional. Não gosto de deixar a emoção fluir em textos. Lembro-me logo da época de colégio em que o professor de redação punia os alunos que dissertassem em 1ª pessoa. “Quero textos em 3ª pessoa, claros, limpos, objetivos e imparciais!”. Essa era a fala dele antes de aplicar um exercício ou prova.

Mas como escrever de forma imparcial quando se está rebaixado? Sou torcedor e não jornalista. Vez ou outra ataco profissionalmente como publicitário, pois é a minha formação. Mas, antes de ser publicitário, eu sou torcedor do Vitória. Não existe a possibilidade da imparcialidade no coração de um torcedor de futebol. Ele só enxerga um lado: o do seu time de coração.

No meu primeiro texto no blog, avisei que tentaria ser o mais imparcial possível. Não consegui hora nenhuma. Vi de forma cética meu time cometer os mesmos erros que cometeu num passado não tão distante. Vi um presidente arrogante, boçal, cheio de si meter os pés pelas mãos durante um ano inteiro. Vi um cara que bradava na gestão anterior que com ele iria ser diferente. Que ele que tinha feito “99%” das ações que reestruturaram o Vitória. Óbvio que foi bravata eleitoral. Vi esse mesmo cara cometer um dos maiores absurdos, para não dizer deboches, da história recente do Vitória (após o jogo que selou o rebaixamento, ele aparece em frente às câmeras, cercado de todos os ASPONEs, com uma camisa com a frase “com o Vitória em qualquer divisão” e com uma carta pronta para a torcida). Vi um treinador ir do céu ao inferno em apenas um ano. Vi que manter a base de um ano vitorioso, nem sempre é sinal de bom resultado.

                                                    Falcão com a camisa do deboche.

Mas vamos tentar olhar pra frente. Não vou conseguir pontuar nada de positivo nessa gestão perdida. 2014 é um ano para se tomar como exemplo a não ser seguido nunca mais. O pior ano do Vitória. Perdemos TODAS as competições que disputamos. Não me refiro só ao futebol não, até no remo perdemos uma hegemonia que já durava mais de 12 anos. Conseguimos a proeza de ganhar apenas um BaVi no ano. Hegemonia no futebol baiano? Perdemos. Eliminado de competições por times de expressão inferior e de forma vexatória? Fomos. Rebaixados? Fomos. Copa do Brasil sub-20? Vice. Copas das categorias de base? Perdemos todas. Enfim, nem espremendo consigo tirar achar um ponto positivo no ano de 2014.

Precisamos, apenas, de uma coisa para 2015: COMANDO. Seja dentro do vestiário, seja em campo, seja na presidência, seja no marketing. A instituição está solta. Precisamos de um Homem que chegue e dê murro na mesa. Que se imponha. Que sirva de exemplo para os outros. Que estreite o elo com a torcida rubro-negra. Esse homem, se for contratado, será Neto Baiano. Maior artilheiro do Barradão com 51 gols, Neto poderá retornar ao clube, já que seu contrato com o Sport não foi renovado. Surge o boato do meia atacante Ananias (ex-serie B pelo Bahia, Portuguesa e Palmeiras). Já vou pedindo desculpas, mas não comento sobre especulação. Quando for contratado eu comento. Para o comando do time, foi contratado Ricardo Drubsky. Este pode chamar de professor. Fala bonito. Com eloquência. Me lembra muito Renê Simões, outro que falava bonito e passou por aqui. Coincidência ou não, Renê treinou o Vitória uma temporada inteira, falando bonito e o time foi rebaixado para a série C. Ele conseguiu me enganar e enrolar em todas as entrevistas. Espero que Drubsky não repita. Para o comando do vestiário, foi contratado o novo gerente de futebol: Anderson Barros. Mas, hora nenhuma, vi sinalização de mudança na presidência. Esse é o nosso calcanhar de áquiles.
www.

Por fim, espero que o ano acabe. Ano novo. Vida nova. Temporada nova, mas não com os mesmos erros de 2014.

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