Anselmo Ramon Alves Herculano, nasceu em Camaçari/BA no dia 23 de junho de 1988 (26 anos), nosso quinto entrevistado já atuou pelo Bahia, Avaí, Kashiwa Reysol do Japão, Cluj da Romênia e estava no Hangzhou Greentown na China, contudo voltou a sua querida casa: Cruzeiro. Atleta marcado pelos seus gols e comemorações alusivas ao rival. Esperamos que continue fazendo gols e conquistando títulos confirmando sua vitoriosa carreira.
1- Você nasceu no dia 23 de junho de 1988 (26 anos) em Camaçari/BA, começando no Bahia após destaque na base do clube foi vendido. Comente sobre sua passagem e ensinamentos no Bahia.
R: Só tenho que agradecer ao Bahia por ter me revelado para o mundo do futebol. Foi no clube que conseguir tomar os caminhos certos da vida, criei um caráter, e fiz vários amigos que vou levar para vida toda. Tenho um carinho enorme por este clube. E com certeza um dia quero voltar para jogar neste clube.
2- O atacante têm a responsabilidade de uma torcida nos pés e sempre será cobrado mesmo que esteja fazendo muitos gols. O que tem para aconselhar para a nova geração de atacantes que está se formando no país?
R: Fiquem sempre tranquilos na frente do goleiro. O goleiro não é nenhum bicho de 7 cabeças. Com tranquilidade vão fazer muitos gols.
3- Em 2007 foi vendido ao Cruzeiro, depois foi emprestado durante quatro anos e em 2011 voltou ao clube mineiro onde ganhou certo apreço da torcida. O que tens a falar sobre a estrutura, torcida e passagem pelo Cruzeiro?
R: Caramba! O que falar do Cruzeiro! Cruzeiro foi onde tudo começou a da certo na minha vida. A estrutura do clube é incrível. Acredito que no máximo dois a três times tem essa mesma estrutura que o clube celeste. Cara, a torcida é fantástica. Antes de me transferir para a China, todos torcedores celestes me paravam na cidade para pedirem fotos, autógrafos e pedir para continuar fazendo aquela comemoração da ciscada que eu fiz no clássico. Haha. Isso é minha marca. Tenho que comemorar com minha torcida. Minha passagem não começou muito boa. Perdi um gol incrível contra o Palmeiras. Rsrs. Mas, depois melhorei bastante e conseguir ter uma boa temporada. Marcando vários gols e ajudando o cruzeiro a fugir do rebaixamento. Terminamos 2011 com uma goleada histórica em cima de nosso maior rival e deixei meu golzinho. Rsrs. 2012 foi um ano melhor do que 2011, conseguimos ficar em uma posição melhor do que no ano passado. Agora 2013, joguei poucos jogos. Mas, foi muito especial. Consegui vencer um Campeonato Brasileiro com o Cruzeiro, deixei meu nome na história do time, mesmo jogando poucos jogos. Ainda deixei meu golzinho.
4- Sabemos que se apresentou ao Cruzeiro no dia 7, porém está com o futuro indefinido para 2015, recebeu sondagens de um clube mexicano. Então poderia nos falar sobre o seu futuro em 2015 (Ficará no Cruzeiro ou Jogará fora do Brasil)?
R: Recebi sondagens de vários clubes do México e alguns brasileiros. Estou reintegrado ao elenco do Cruzeiro e fico no time na temporada de 2015.
5- Na época de que estava emprestado pelo Cruzeiro passou pelo Itaúna/MG, Cabofriense, Rio Branco-SP e Avaí. O que teria a nos dizer sobre a sua passagem por esses clubes e a estrutura do Avaí em 2010?
R: Foram passagens boas. Muito aprendizado. Avaí é um bom clube, tem boa estrutura. Mas,não deu certo pra mim. Fiquei apenas 4 meses no clube e meu contrato foi rescindido. Fiz apenas 4 partidas oficias. Até hoje não sei o porque.
6- Em 2010 atuou pelo Kashiwa Reysol do Japão (Uns dos maiores clubes do país) e no ano passado atuou no Hangzhou Greentown da China. Fale-nos sobre a experiência de vida (viver no Japão e na China) e também no futebol (estrutura dos clubes japoneses e chineses, torcida, crescimento do futebol neste países)?
R: É uma experiência boa. Se um dia os leitores do site tiver a oportunidade de ir para conhecer, podem ir. Muito bom. A estrutura do Kashiwa é muito boa. Já a do Hangzhou, fica um pouco atrás. Até porquê é um time de menor expressão na China. As torcidas são fantásticas. O futebol tá crescendo no mundo todo. Na China, você já vê grandes jogadores, como Montillo, Vagner Love , tinha o Conca e ver grandes técnicos tmb. Marcello Lippi e Cuca. Isso, até 4 a 5 anos atrás você não via. Estes jogadores e técnicos estavam em grandes clubes do brasil ou da Europa. Lippi foi campeão com a seleção da Itália, na copa do mundo de 2006.
7- Na temporada 2010/2011 atuou no Cluj (Maior clube romeno) que geralmente disputa a Liga dos Campeões, contudo não teve êxito no país, o que foi que aconteceu para que não conseguisse a titularidade no clube romeno?
R: Várias coisas. Eu e minha família não conseguíamos nos adaptar ao país, não conseguíamos compreender o que as pessoas diziam direito. Isso tem um certo tempo para conseguimos aprender um pouco do idioma deste país. E quando você não tem este tempo, é complicado dá certo.
8- O divisor de águas da sua carreira foi o Oeste de Itápolis onde teve um grande destaque e voltou ao Cruzeiro, naquela época o clube estava na Série D e hoje está na Série B. Diga-nos qual foi a receita para o crescimento do Oeste no cenário nacional?
R: Trabalho sério. Estrutura. Pessoas boas no comando da equipe. Bons jogadores. Tudo isso.
9- A torcida do Cruzeiro não esquece da goleada em cima do rival em 2011, principalmente pelo risco eminente que havia de ser rebaixado pela primeira vez na história, neste jogo fez um gol aos 33 minutos do 1º tempo. Qual é a sensação de participar de um momento marcante na história do Cruzeiro e também comente sobre o jogo?
R: Foi o jogo mais emocionante da minha vida. Antes do jogo todos os jogadores tinham certeza que o Cruzeiro não ia cair. Sabe porque? Time grande não caí. Entramos leve em campo. Roger fez uma partida sensacional. E goleamos nosso rival. Fazer um gol tão importante como esse , em um jogo deste é muito marcante. Fico feliz de ter participado deste jogo e ter livrado o cruzeiro do rebaixamento.
10- Poderia comentar sobre as diferenças sobre o futebol brasileiro, chinês e japonês (modo de treinamento, organização dos clubes, etc..)?
R: São várias coisas diferentes. Vamos falar de algumas. No Brasil, poucas equipes tem organização quanto aos times de fora. Lá não existe atraso de salário, lá não existe concentração para os jogos. Nós jogadores, nos apresentamos 3 horas antes do jogo e conversamos com o técnico. Se acontecer o clube é multado. Treinamento, lá não se treina tanto quanto aqui no Brasil e não tem tantos jogos iguais aqui. Tem mês no Brasil, que jogamos toda quarta e domingo. Lá não existe isso.
Mercado do Futebol: Muita felicidade na sua trajetória e que 2015 seja um ano excelente para sua carreira.
Anselmo Ramon: Valeu pela moral e tmj sempre. Este ano vou dá felicidades para a China Azul! Abrs do Ramon99
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