domingo, 4 de outubro de 2015

Juiz decide e Vasco empata na Ressacada

O jogo do Vasco com o Avaí era dos mais importantes, por ser confronto direto, fora de casa, pela possibilidade de terminar a rodada apenas dois pontos atrás do primeiro fora do Z-4. Por isso tudo, o empate em 1 a 1 incomoda, ainda mais depois do bom primeiro tempo; mas, por outro lado, dado o retrospecto do time anfitrião, que vem sendo ajudado frequentemente pela arbitragem, o estrago acabou sendo o menor possível.

Jorginho repetiu a formação "Esquadrão Suicida" utilizada no clássico com o Flamengo, que dessa vez deu certo logo no primeiro tempo. O time foi bem, se mostrou insinuante™ nas jogadas pela esquerda, com Julio César, Andrezinho e Nenê. Por ali, logo aos 7 minutos, foi criada chance para Leandrão, que apesar de ter acrescentado muito, voltou a perder gol inacreditável. A má pontaria resultou em finalização na trave, e isso fez falta no fim.

O gol saiu em pênalti legal, o que é indiscutível. A partir daí, a arbitragem do senhor Luís Teixeira Rocha começou a aparecer no jogo, sempre pendendo para o lado do Avaí. Inverteu faltas, picou o jogo e marcou pênalti vergonhoso, em lance que Mádson toca com a mão fora da área em cobrança de falta. O gaúcho, que fazia apenas a segunda partida como árbitro de Série A, deveria ter mandado o tiro livre ser batido outra vez, pois o lateral vascaíno andou na barreira, não ter dado pênalti.
O lance, que precedeu reclamação desesperada de jogadores e comissão técnica, desnorteou o Gigante da Colina, mesmo com o erro de Léo Gamalho. A essa altura, com Serginho no lugar de Bruno Gallo, como primeiro volante, atrás de Julio dos Santos e Andrezinho, evidentemente se arrastando em campo, restava torcer para que o ataque encaixasse uma boa jogada. As tentativas foram tímidas e insuficientes.

André Lima, autor de gol "upa, cavalinho" no jogo contra o Goiás, marcou em momento de pane mental da zaga do Vasco. Rafael Vaz, que há muito digo que é ótimo zagueiro-artilheiro, primeiro precisa aprender a ser zagueiro e ponto. O juizão, que a essa altura já tinha expulsado Jorge Henrique no banco de reservas e dado terceiro amarelo para Martín Silva - injustamente -, assinalou cinco minutos de acréscimo e deixou nosso coração na boca.

O alívio pelo apito final indicou que o resultado não foi tão ruim, ainda mais com rodada irregular de adversários. O deus-nos-acuda que foi o segundo tempo, no entanto, mostra que Jorginho precisa abrir mão de algumas convicções, precisa mudar o time no decorrer da partida, precisa ver que alguns jogadores não aguentam 90 minutos. Esse olhar mais apurado, por exemplo, poderia nos ter dado um domingo de vitória espetacular em Santa Catarina.

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