domingo, 22 de junho de 2014

O ultimo suspiro no apagar das luzes

O ultimo suspiro no apagar das luzes

Tal como um paciente em estado terminal, a seleção portuguesa conseguiu no ultimo minuto de jogo um ultimo suspiro. Perdoem-me pela redundância, mas foi exatamente isso!
Tinha tudo para ser uma “festa portuguesa, com certeza”. Com um bom começo de jogo, Cristiano Ronaldo conseguiu acertar uma sequencia de 3 dribles; um gol achado por Nani aos 8min de jogo... Enfim, tudo se encaminhava para o encontro de Portugal com o bom futebol. Mas não foi bem assim. A seleção americana cresceu no jogo e dominou a seleção portuguesa durante toda a partida. Somente no 2º tempo da partida a pressão americana funcionou. Após um escanteio, a bola sobrou na entrada da área e Jones acertou um chute com rara felicidade. Um golaço!
Os EUA continuaram apertando o jogo e Portugal acuado e perdido em campo. Num contra ataque americano, lembrando Renato Gaúcho, o craque do time americano, Clint Dempsey, faz um gol de barriga e coloca a seleção americana com vantagem no placar. Mas, no último minuto, assim como o 1º gol de Nani, o gol de Varela também foi um achado. No lance, aconteceu o único lampejo de bom jogador de Cristiano Ronaldo. Cruzamento perfeito, na cabeça de Varela que subiu sozinho após uma falha de marcação da zaga americana. Para os EUA um empate com gosto de derrota. Para os Portugueses um ultimo suspiro antes da eliminação na ultima rodada. É ser ingênuo demais não acreditar num jogo de “compadres” entre EUA x Alemanha, Klismann x Low, criador x criatura. O empate classifica as duas seleções para as oitavas de final da Copa do Mundo.


O gajo do telão

Cristiano Ronaldo merece um tópico só pra ele. Não por ser o melhor do mundo, mas por se mostrar tão egocêntrico e egoísta. Tive o prazer de estar na Fonte Nova, a arena das goleadas, no jogo Alemanha x Portugal. Queria ver a seleção Alemã de perto. Mas queria, também, apagar a má impressão que CR7 me deixou na final da Champions. Naquele jogo em especial, achei que ele se escondeu. Apagado em campo. Queria que ele jogasse proporcionalmente à quantidade de vezes que se olha num telão durante uma partida. Mas não. Assim como o jogo de hoje, o gajo português deu dois dribles no começo do jogo e sumiu. Após a expulsão de Pepe, ele como capitão da sua seleção, ao invés de injetar animo nos companheiros e chamar o jogo pra si, fez, literalmente, o inverso. Reclamou, deu xilique, errou passes e se olhou no telão. Essa foi a participação do CR7 em Salvador. Em Manaus nós acrescentamos um passe para o gol de Varela como mudança. Muito pouco para um jogador que é tido pela FIFA como o melhor do Mundo nessa ultima temporada. Nitidamente não é um líder para os outros jogadores.
Na emissora que acompanhei o jogo de hoje, um dos comentaristas tentou justificar que CR7 não deve estar curado da contusão. Uma justificativa pífia para a péssima fase dele e para as atuações abaixo da critica e do que se espera do gajo.


Dura realidade pra uns, boas perspectivas para outros


A realidade é que a seleção portuguesa não tem peças de reposição (o que não é um problema exclusivo deles). Jogadores lesionados e já fora da copa, Pepe suspenso (não que seja um grande zagueiro, mas em Copa do Mundo a camisa e o nome pesam), CR7 em má fase, enfim, todos esses fatores contribuíram e justificam a má participação portuguesa na Copa Tupiniquim. Outro fator que contribui sensivelmente para essa má campanha é que a seleção não “deu liga” como time. Não se vê um jogador correndo pelo outro, se superando pelo outro, se doando e se superando em campo para alcançar a vitória a qualquer custo. O que falta na seleção portuguesa em termos de grupo sobra na seleção americana. Os times americanos seja no “soccer”, no basquete, no beisebol, enfim, em qualquer modalidade, atuam com uma disciplina ao esquema tático de fazer gosto ao espectador. Na seleção americana, isso aumenta ainda mais com a interferência de Klismann como treinador do time (para quem não sabe, a base da atual seleção alemã foi montada por ele). Se o time americano vai longe? Difícil prever. Mas que vai ser um adversário duro, ah isso vai.

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