segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Com medalhões, Flu caminha para a série B

Desde a chegada de Ronaldinho Gaúcho, Cícero e Osvaldo, tricolor perdeu o rumo

As coisas caminhavam bem, o Fluminense brigava pela liderança e a torcida falava abertamente sobre a conquista do penta campeonato brasileiro. Num arroubo a la Celso Barros, Peter Siemsen, Mario Bittencourt e Fernando Simone contrataram Ronaldinho Gaucho, e Osvaldo e trouxeram de volta o Cícero. A torcida, que ama uma grife, ainda que falida, foi a loucura. Encheu o maracanã contra o Vasco para a apresentação do ex-astro do Barcelona (com cara do dia anterior visível até da última fileira da arquibancada). A partir daí, tudo mudou.



A diretoria tricolor, que vem fazendo bom trabalho na parte administrativa e financeira, na briga com a FERJ, que aumentou muito a receita, que equacionou as dívidas e que está construindo o CT é absolutamente amadora no que diz respeito ao futebol. Qualquer pessoa que acompanhe o futebol e entenda dele, sabe que Ronaldinho Gaúcho não quer mais saber de futebol. Hoje, o ex-craque é apenas um personagem circense, uma caricatura de jogador de futebol. Menos a diretoria do Fluminense que teria apostado na capacidade de marketing do ex-jogador em atividade. Num primeiro momento deu certo: venda de camisas, aumento do número de sócios, mais espaço na mídia caseira e internacional. Mas, sem o futebol, essa capacidade é muito menor do que em outros tempos.



Mas, se ainda houve algum pequeno acerto na contratação do R10 (marketing), o que justifica o retorno de Cícero e a contratação de Osvaldo? O atacante cearense que teve bons momentos no São Paulo, há muito tempo se perdeu no futebol. Quemo o viu jogar no Oriente? Quem é o responsável por isso? E o Cícero? Por onde passa sobram rumores de problemas com o grupo, de confusão com o elenco. Inclusive em 2014, no próprio Fluminense. 

Agora, com contratos assinados e certamente multas rescisórias milionárias, a diretoria se vê em uma encruzilhada onde ela mesmo se colocou. Peter colocou Mario Bittencourt na Vice Presidência de futebol para dar visibilidade ao seu candidato a presidência do clube nas eleições do ano que vem. Bittencourt é um baita advogado, um tricolor apaixonado. Mas precisa comer muito feijão para entender o que é o futebol profissional, ainda que seja o pseudo-profissional que é praticado no Brasil. O tiro está saindo pela culatra e Bittencourt é extremamente contestado nas redes sociais e no Reino do Laranjal.

Dentro de campo, é fundamental que Eduardo Baptista tenha a coragem e o respaldo da diretoria que Cuca teve em 2009 para barrar quem quer que seja e utilizar ainda mais os meninos de Xerém. O Fluminense não pode ter jogadores como R10 e Cícero que andam em campo durante os 90 minutos. Os dois mais Osvaldo e Antonio Carlos têm que ser afastados do elenco imediatamente, treinar em separado, longe do resto do elenco, independente do peso que trazem a folha salarial do clube (cerca de 1,5 milhão por mês). 

Ainda há tempo de terminar o ano com tranquilidade e dignidade mas é preciso agir agora. Na Copa do Brasil, o Fluminense deveria simplesmente abrir mão e escalar o sub-20. O mais importante é evitar que 2015 seja igual a 2013, como está parecendo ser. Com a diferença que o Flamengo não salvará o tricolor dessa vez.

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