sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Os 99 anos da Vila do craque Feitiço, com um legado de magia para todo o sempre

O Poeta Pablo Neruda já dizia:
“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.”
Neruda dizia que no meio de um texto é que se introduz as ideias, mas eu farei diferente, no meio discorrerei sobre a imposição de uma ideia imposta por quem odeia descer a Serra do Mar.
Imaginemos um Clube de uma pequena cidade litorânea, cidade com um pouco mais de 400 mil habitantes e que fez tão bem para o futebol de um país com mais de 200 milhões de habitantes.
Pensemos que um Clube que nasceu azul, branco e dourado ganharia o mundo em branco e preto, que transformaria um atleta negro em Rei, um Rei em um país racista, um país que precisou de intervenção externa para abolir a escravidão, branqueado pela imigração europeia, imigração europeia que trouxe o esporte bretão para o novo mundo, esporte em que poucos anos antes os negros se fingiam de brancos, obrigados a se trajarem como brancos. Não, eu não estou exagerando, negro para jogar bola no Brasil durante o período da República Velha deveria se portar como branco.
Pensemos que em uma pequena cidade litorânea existe um Clube de futebol que mais marcou gols entre todos os clubes do futebol mundial, um clube que parou uma Guerra entre países do Continente africano, continente que sofreu com o liberalismo do período dos estados modernos e que ainda sofre até os dias de hoje com o neocolonialismo. Sim, o Peixe foi lá e calou os canhões, em um dia que a bola enfrentou a pólvora.
 Foi no clube Concórdia que surgiu um Clube gigante, que por pouco não teve seu nome de batismo como África Futebol Clube, no entanto, foi com o nome de Santos Football Club que surgiu e foi como Santos Futebol Clube que enfeitiçou o mundo inteiro.
Daqui do planalto bandeirante eu observo os discursos, pois entra ano e sai ano e quase como regra o Peixe está cotado em ser rebaixado, que a qualquer momento pedirá a bancarrota, cotado como regra em fracassar, com profecias jornalísticas em forma de palpites de que fará vergonha no estadual, que vai estar entre os quatro últimos do nacional e que vai ser eliminado na primeira fase de todas as copas que possa disputar no ano.
Atenção mídia do Planalto, eu vou contar algo que na pauta que vocês seguem passa despercebido. O nosso estádio é pequeno demais para caber todos vocês, pequeno para caber tanta soberba, pequenino para caber os seus interesses mercantis, minúsculo para acolher tanta inveja, acanhado demais para receber tanta ingratidão.
Aos patrões do Rádio, dos Jornais e da Televisão,  eu digo que podem nos arrancar da TV em cabo, nos escondam de suas pautas, porque ainda que vocês tomem nota do Peixe como a quarta força paulista, para os santistas do litoral, dos mais afastados rincões do Brasil e os alvinegros espalhados em todo o mundo, todos eles estão convictos de que o Santos Futebol Clube não é o primeiro, tampouco último, pois o Santos Futebol Clube nasceu e continuará sendo ÚNICO!


Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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