domingo, 15 de junho de 2014

Um jogo histórico no Castelão


Um jogo histórico. Nada mais pode definir a bela festa de futebol e culturas que vimos na tarde desse sábado no Castelão. De um lado os bi campeões mundiais, campeões do primeiro mundial realizado no Brasil em 1950, do outro a Costa Rica, para muitos franco atirador do que é considerado o grupo da Morte.

Muitos pensavam que iria ser um passeio Uruguaio, mesmo sem o seu principal jogador, o Suarez, que encontra-se sem condições de jogo após uma cirurgia no joelho. Quando digo muitos incluo os milhares de uruguaios que vieram até Fortaleza cheios de confiança, cantando e pulando no mais belo estilo "Barra Brava". Foi bacana ver o orgulho que esses torcedores tem pelo seu país e pela sua seleção, a Celeste. O que eles cantavam? Segue abaixo:

"Poderemos, poderemos, 
  poderemos outra vez,
Poderemos ser campeones,
Como la primera vez."

"Soy Celeste, soy Celeste,
Celeste soy jo."

Carlos Henrique Sousa junto aos Barra Brava Uruguaios

A animação era tanto que até eu fui lá gritar junto com os hermanos Uruguaios, afinal o bom da Copa do Mundo essa mistura de cultura. Aliás, como tinha gente de fora nesse jogo. Vi gente de tudo quanto foi canto. Uruguaios, Costa-riquenhos, Americanos, Ingleses, Alemães, Mexicanos, Angolanos, Argentinos, Colombianos, era tanta gente de fora que vi que em uma Copa do Mundo, o que todos querem é apreciar o espetáculo e festejar, não importa o resultado.

Torcida Uruguaia no Aeroporto Pinto Martins


E os cearenses? Bom esses começaram torcer pelo Uruguai, mas com o decorrer do jogo e a evolução do futebol da Costa Rica vi o pessoal todo virando a casaca. Nunca pensei, sempre achei que no futebol se defendia seu time até o fim. Não foi o caso dos torcedores cearenses que estavam ontem no Castelão. Começaram celebrando a Celeste e viraram torcedores dos Ticos. Junto com os milhares de costa-riquenhos gritavam "Olê, olê, olê, olê, Ticos, Ticos." Impressionante como veio gente da Costa Rica para cá. Fiquei com a impressão que não ficou ninguém no país da América Central. Quando cheguei no aeroporto, antes e após o jogo só o que vi foi costa-riquenho cantando e pulando. Era uma maré vermelha que tomava conta do lugar, disputando espaço com os Barra Bravas da Celeste.

No final do jogo, a Costa Rica mostrou que não veio a Copa a passeio, venceu de virada por 3 x 1, e mesmo estando no grupo da morte vai tentar repetir o feito de 1990, quando chegou as oitavas na Copa da Itália. Se fizer isso será realmente um feito, pois ter que eliminar dois campeões mundiais.

Ao contrário da maioria dos que estiveram ontem no Castelão, torci para a celeste até o fim, não levei sorte para eles, mas ficarei para sempre com essa recordação na memória de um belo jogo de Copa do Mundo no Castelão.

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Por Carlos Henrique Sousa
@CHRSousa

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