Vasco vira, volta a vencer, e tenta embalar na serie B

A música já é antiga e famosa. Nela, a torcida avisa que o "Vasco é o time da virada e o time do amor". Fazendo jus à canção, o Cruzmaltino saiu atrás do placar e, numa reação improvável, chegou à vitória aos 42 minutos do segundo tempo com Kléber Gladiador.

O resultado foi importantíssimo e deixou o time do técnico Joel Santana na briga pela primeira colocação da Série B do Campeonato Brasileiro.

Fases do jogo: O Cruzmaltino iniciou a partida imprimindo seu ritmo. Peças importantes, Douglas, Maxi Rodríguez, Kléber e Thalles estavam inspirados e faziam boas triangulações. O primeiro tempo foi praticamente um ataque contra defesa, com o Vasco desperdiçando inúmeras chances de gol. Em pelo menos cinco oportunidades, o time de Joel Santana poderia ter aberto o placar, mas faltou capricho nas finalizações.

Na etapa final, o Náutico acordou para o jogo e criou boas oportunidades, que foram impedidas de maneira brilhante pelo goleiro Martin Silva, autor de pelo menos dois "milagres". O uruguaio, porém, não conseguiu conter o avanço de Sassá aos 21 minutos, foi driblado e acabou cometendo pênalti, convertido pelo próprio atacante.

Na base do sufoco, o Vasco foi atrás do resultado e construiu sua virada de maneira dramática, do jeito que a torcida gosta. Dakson, aos 31 minutos, e Kléber, aos 42, levaram os vascaínos ao delírio em São Januário.

O melhor - Thalles: O jovem atacante, convocado para a Seleção Brasileira olímpica, construiu a jogadas dos dois gols do Vasco.

O pior - Raí: O lateral esquerdo do Náutico, que substituía Roberto, pareceu nervoso e cometeu alguns erros infantis, principalmente de passe, no decorrer da partida.

Chave do jogo: Com um volante a menos e um atacante a mais, o Vasco ficou muito mais criativo e proporcionou mais oportunidades. Faltou, porém, capricho e tranquilidade no momento das finalizações.

Para lembrar: Grande parte do público em São Januário entrou no estádio já com a bola rolando. Até pelo menos os 15 minutos do primeiro tempo, longas filas ainda se formavam do lado de fora da Colina.

VASCO
Martin Silva, Diego Renan, Rodrigo, Douglas Silva e Lorran (Marlon); Guiñazu, Fabrício (Dakson), Douglas e Maxi Rodríguez (Edmilson); Thalles e Kléber
Técnico: Joel Santana

NÁUTICO
Júlio César; Rafael Cruz, Mario Risso, Renato Chaves e Raí; João Ananias, Elicarlos (Marcone), Paulinho (Bruno Furlan) e Vinícius; Sassá e Crislan (Cañete)
Técnico: Dado Cavalcanti